Nestes tempos difíceis que estamos passando temos que ser criativos e adaptáveis para fazer passar o tempo, e vale talvez esquecer quem nós nos tornamos e voltar às raízes um pouco. Afinal, não são as pequenas coisas da vida que nos deixam felizes?
Quando percebemos que o capitalismo não vai nos salvar dessa, é a hora de ficar calmo, dar um passo para trás, fazer uma comida gostosa, e porque não com uma pimenta forte como a nossa Bhut Jolokia?
Algumas razões:
A pimenta evoluiu ao ponto de possuir propriedades antimicrobianas e estimam que ela mata ou inibe até 75% dos patógenos (causadores de doenças) com que que entram em contato. Ela é ótima também para combater resfriados, infecções causadas por fungos e até casos de gripe, além de melhorar a saúde digestiva, aumentar o metabolismo e apresentar propriedades anti-inflamatórias.
Isso se deve principalmente à substância química chamada capsaicina, que se liga aos receptores dentro da sua boca (e outros lugares…) causando uma dor intensa, que ao longo do tempo o ser humano aprendeu a gostar. Mas isso não foi intencional, muito pelo contrário. Na natureza isso evoluiu como um método de defesa da própria planta da pimenta.
Por que ela arde?
Os molares dos mamíferos são muito eficientes na moagem de material, ou seja, o ser humano consegue destruir as sementes com facilidade através do ato de mastigar. Por isso acredita-se que a planta desenvolveu esse método de autodefesa para ser um “repelente de mamífero”.
Também é interessante notar que os pássaros, que têm a habilidade de pulverizar as sementes, não possuem os receptores necessários para sentir a ardência da pimenta. Eles possuem a capacidade de espalhar as sementes – após estas passarem pelo seu trato intestinal – por uma área muito maior e com mais eficácia do que os mamíferos. Esse relacionamento simbiótico ajuda os dois: as pimentas conseguem espalhar as sementes e as aves ganham uma refeição.
Lindo isso, né?
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